O despertador nem tocou e eu já estava acordada às 7h da
madrugada. Que droga é essa? Tô ficando velha, não consigo mais acordar tarde.
Paciência, agora já levantei. Primeiro as pernas, depois os olhos, que é pra
não sair batendo a cara nas paredes. Pé direito no chão, banheiro, torneira e -
opa! -, espelho. Taí uma coisa que não devia existir logo de manhã: deprime.
Bom-dia pra Niuza, café-com-leite e torrada. Nada pra fazer. Vou pro sofá e
continuo lendo o Presença de Anita. Livro engraçado, não consigo deixar de
imaginar as caras do José Mayer e da Mel Lisboa nos personagens principais. A
Anita da história é loira, mas eu quero a minha morena e de olhos verdes,
pronto. Já sei mais ou menos o final, nem ligo. Lá estão Mel Lisboa e José
Mayer falando de sexo e de amor, vivendo toda aquela confusão de sentimentos.
Amor é um negócio tão esquisito, a gente chora e ri quando ama. Junta uma coisa ruim com uma boa e forma isso aí. Nunca vi. Deve
ser normal, o amor. Fico pensando se não seria melhor que ele fosse alguma
coisa no meio, nem rir nem chorar. Mas aí não seria tão bom. Eu acho. Amar,
amar, amar. Quatro letras, todo mundo lê mais do que isso. Amor é um troço
folgado, chega sem pedir licença nem avisar. Mas a gente sempre deixa ele
entrar, fazer o-quê. Eu já amei. Dois ou três, não sei, não medi. Quantos metros você ama?, eu perguntaria. 1,80m pra
cima, sou pequenininha. Pela estrada, seis mil cento e vinte e
dois metros. Pode medir em centímetros também: quanto mais perto, mais amor.
Mas nem é. Alma gêmea nem deve existir, seis bilhões
de pessoas. Se a minha for um japonês eu tô fodida, vários milhares de
quilômetros. E se for um homem casado com a cara do José Mayer, então, pior
ainda. Quem sabe? "Só os amantes sabem que
possuir é apenas uma palavra", ele diz. E
desce as escadas pra nunca mais voltar.
2 comentários:
Amor é coisa curiosa...Devo ter amado uns quinze metros até hoje!!
Que graçinhaa =)
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